segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CATALENDAS


Contar histórias é a mais antiga das Artes, elas são fontes maravilhosas de experiência, São meios de ampliar o horizonte da criança e de aumentar seu conhecimento em relação ao mundo que a cerca. Contarhistías é uma arte, uma arte rara, pois sua matéria prima é ima terial, e o contador de histórias um artista que tea os fios invisivéis desta teia que é o contar.
Catalendas, é a arte de contar histórias é um projeto voltado para professores e crianças, ou seja, todos aqueles que são amantes de histórias, tem como objetivo despertar o ato de contar histórias como forma eficiente de incentivo a leitura. Um verdadeira viajem ao mundo da imaginação.

sábado, 25 de setembro de 2010

Vestuário


Assim como na vida real, o vestuário no teatro se reporta a vários sistemas sígnicos da cultura. A sua decodificação pode indicar tanto o sexo quanto idade, classe social, profissão, nacionalidade, religião de um. No entanto, o poder semiológico do vestuário não se limita apenas a definir o personagem que o veste. O traje é também o signo que representa clima, época histórica, região, estação do ano, hora do dia. É interessante observar que em certas tradições teatrais, como na commedia della'arte por exemplo, a vestimenta torna-se uma espécie de "máscara" que vai identificar os tipos imutáveis (stock characters), que se repetem de geração a geração. Personagens como o avarento, o bufão, o rei, a megera, a donzela e o servo trapalhão entre outros. O vestuário é também um sistema de signos que se reporta a outros sistemas da cultura, como por exemplo a moda.

Movimento cênico do ator


As várias maneiras do ator se deslocar no espaço cênico, suas entradas e saídas ou sua posição com relação aos outros atores, aos acessórios, aos elementos do cenário ou até mesmo aos espectadores, podem representar os mais variados signos. A movimentação tanto cria a unidade do texto teatral como organiza e relaciona as seqüências no espaço cênico.

O GESTO


O gesto é um dos organizadores fundamentais da gramática do teatro. É no gesto e também na voz que o ator cria a personagem (persona). Através de um sistema de signos codificados, tornou-se um instrumento de expressão indispensável na arte dramática ao exprimir os pensamentos através do movimento ou atitude da mão, do braço, da perna, da cabeça ou do corpo inteiro. Os signos gestuais podem acompanhar ou substituir a palavra, suprimir um elemento do cenário , um acessório, um sentimento ou emoção. Os teóricos do gesto acreditam ser possível fazer com a mão e o braço cerca de 700.00 signos.

ARTE CÊNICA


Tendo em seu alicerce o princípio da interdisciplinaridade, o teatro serve-se tanto da palavra enquanto signo como de outros sistemas semióticos não-verbais. Em sua essência, lida com códigos construídos a partir do gesto e da voz, responsáveis não só pela performance do espetáculo, como também pela linguagem. Gesto e voz tornam o teatro um texto da cultura. Para os semioticistas russos da década de 60, a noção de teatro como texto revela, igualmente, sua condição de sistema modelizante, ou melhor, de sistema semiótico cujos códigos de base - gesto e voz - se reportam a outros códigos como o espaço, o tempo e o movimento. A partir desses códigos se expandem outros sistemas sígnicos tais como o cenário, o movimento cênico do ator, o vestuário, a iluminação e a música entre outros. Graças à organização e combinação dos vários sistemas, legados da experiência individual ou social, da instrução e da cultura literária e artística, é que a audiência recodifica a mensagem desse texto tão antigo da cultura humana.

TEATRO

A arte dramática é um objeto semiótico por natureza. O conceito do que entendemos hoje por teatro é originário do verbo grego "theastai" (ver, contemplar, olhar). Tão antiga quanto o homem, a noção de representação está vinculada ao ritual mágico e religioso primitivo. Acredita-se que o teatro nasceu no instante em que o homem primitivo colocou e tirou a máscara diante do espectador, com plena consciência do exercício de "simulação", de "representação", ou seja, do signo.

Declamação


Professor Genival Miranda faz declamação de poema na noite do chá artístico do Educandário.

Podemos imaginar o grande salto que representa, na escala da evolução humana, o aparecimento da linguagem verbal – que apareceu primeiro como fala. Apesar de ser possível, dentro de limites, haver alguma forma de educação através de exemplo e outras interações não-verbais, é forçoso reconhecer que, sem a linguagem, não haveria educação como a entendemos hoje. Historicamente, portanto, a fala representa a primeira tecnologia que tornou possível a educação e que trouxe consigo, de certa forma, uma filosofia da educação.

Repito: sem a fala não haveria o que hoje entendemos por educação. Animais, mesmo os primatas mais avançados, não educam, no sentido em que nós educamos. Pressupõe-se aqui que apenas o ser humano realmente educa – e que aquilo que uma gorila, ou um casal de gorilas, faz com seus pequenos não seria, neste caso, educação. Esse processo de educar através da fala teve início, provavelmente, assim que o ser humano se tornou capaz de desenvolver conceitos e usar termos gerais.

Genival Ferreira de Miranda